quinta-feira, 14 de junho de 2012

A vitória de um Gigante!

É mata-mata. É Grêmio x Palmeiras. Camisas azuis. Passos largos, apressados, uma só direção. Refletores acesos ao longe. Não dá mais pra segurar a expectativa. Recepção amistosa. Mais Polar. O estádio a poucos metros. Portão 20. Somos centenas. Os primeiros gritos ecoam lá de dentro. Revista policial. Catraca. Cimento. O Olímpico aos nossos pés. Logo na entrada, a vista panorâmica. A torcida rival do outro lado. E por todos os lados. Clima de decisão. Anos 90 de volta. A cena é indescritível. À arquibancada. Recepções calorosas de lado a lado. O camisa 30 adversário vem a campo. O ódio nos fortalece. Jogo tenso, travado, imprevisível. Um Palmeiras frio, copeiro mesmo. "Comandante Felipão". O árbitro inverte faltas, não disfarça suas intenções, espera pela oportunidade de definir o jogo. Ela não vem. O Palmeiras segue entre o frio e o vibrante, na medida exata. A torcida, aquela que faz ser o Palmeiras ser o que é, segue indiferente à imensa maioria gremista. Pulamos, cantamos, vibramos. Apoiamos sem parar. Segundo tempo. O time parece mais forte. As chances começam a aparecer aqui e ali. O outro lado parece sentir. Silêncio. O empate sem gols começa a parecer bom negócio. Mas pode ficar melhor. Jogada pela direita. Passe por trás da zaga. Chute rasteiro, seco, rápido. De onde estamos, não dá pra ver nada. A bola passou pelo goleiro? Vem o estrondo. É gol. Porra. É gol, caralho! Êxtase. Sem querer, uma avalanche. Abraços, um caindo por cima do outro, alguns momentos de uma plenitude que só sente quem vai buscar a vitória tão longe de casa. O gol fica na memória sem qualquer clareza, a visão encoberta por placas de publicidade, gruas da emissora de TV, cabos, microfones, pessoas aqui e ali. Mas é gol! Cada um de nós passa a avaliar o tamanho daquela vitória que parece tão próxima. O jogo da volta. A final. O título. Mas pode melhorar ainda. Bola levantada de um canto a outro da área. Não tão forte, nem tão precisa. Vem o toque de cabeça, nada clássico, mas efetivo. Parece que o goleiro defendeu. Não vejo mais a bola. Não vejo mais nada. Um urro vem de cima. Os jogadores reservas, colados na placa de publicidade, vibram. É gol de novo porra! Gol! 2 a 0. O êxtase é ainda mais intenso. Caímos um por cima dos outros. Alguns ficamos no chão, estirados, a olhar para o céu de Porto Alegre. Um momento sem igual. Ao final, os jogadores vêm até a torcida para agradecer. O silêncio da massa é aplacado pelo grito incessante dos 2 mil que viemos de longe. Uma vitória gigante. Uma vitória de gigante. Uma vitória de Palmeiras. É hora de dar adeus ao Olímpico Monumental. Despedimo-nos em grande estilo. Fizemos história. Buscamos o que era nosso por nosso direito. Fica o Olímpico. Hora de voltar para casa. Amanhece em SP e chegamos à cidade sabedores do feito que alcançamos. Ele fica até maior. Mas não é definitivo. Tem jogo ainda. Faltam 90 minutos. À batalha!


E que venha Barueri!


Abs, Gregory Fava

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